Mesmo com a direção municipal do PT tendo se antecipado e lançado três nomes de pré-candidatos à sucessão municipal de Jequié em 2024 – o da vice-prefeita Poliana Leandro, que deixou a legenda e se filiou ao Avante para tentar uma cadeira na Câmara Municipal, do ex-vereador Reges Silva e do ex-presidente municipal Jeferson Andrade – as lideranças estaduais do partido, leia-se o governador Jerônimo Rodrigues e o ex-governador, ministro chefe da Casa Civil, Rui Costa, não demonstram ainda uma posição clara em relação ao pleito majoritário de Jequié, por parte do grupo [tomando-se por base o dia 8 de abril de 2024], pairando no ar uma grande incógnita: Qual será realmente posicionamento petista para as eleições de 6 de outubro no município, em termos de escolha da chapa majoritária?. Haverá unidade em torno de nomes de consenso para composição da chapa?
O deputado federal Antonio Brito, líder nacional do PSD e principal liderança da sigla em Jequié e municípios da região, apresentou em ato público, no dia 26 de janeiro deste ano, o nome de Alexandre da Saúde, ex-coordenador da Santa Casa de Jequié, como aposta da legenda para enfrentamento do projeto de reeleição do prefeito Zé Cocá (PP) e, tem buscado articular apoios em torno da pré-candidatura pessedista, com as demais lideranças político-partidárias aliadas ao governador Jerônimo, com destaques pata os deputados federais Paulo Magalhães (PSD) e Jorge Solla (PT) e, os deputados estaduais Euclides Fernandes (PT), Patrick Lopes (Avante) e Olívia Santana (PCdoB), citando apenas os que obtiveram votações mais expressivas no município nas eleições de 2022, sendo detentores de indicações de nomes em cargos regionais sediados em Jequié.
O deputado estadual Euclides Fernandes, correndo rua em busca de votos para a reeleição do seu filho vereador Ramon Fernandes e, de pré candidatos do seu grupo político, nas conversas informais não tem escondido a sua avaliação de que a falta de definição por parte das principais lideranças estaduais petistas, tem provocado desconforto e dificuldades para os liderados locais, ao observar que o atual gestor do município, segue o curso de sua campanha conquistando o campo, ainda muito aberto. O deputado petista no auge da sua vivência política em Jequié, não esconde que até aqui já se permitiu “uma enorme perda de tempo”.
Enquanto em Jequié o cenário desenhado é esse, o PT da Bahia em relação a outros municípios do estado tem demonstrado “muita correria” em busca de candidaturas próprias ou de apoios a pré-candidatos de partidos aliados. Dias antes do fechamento da janela partidária (5/abril), a direção estadual homologou as filiações de 126 lideranças públicas de 73 cidades baianas, sendo 16 de prefeitos, oito de ex-prefeitos, 68 de vereadores e seis de ex-vereadores, além de secretários municipais e das secretárias de Estado Adélia Pinheiro e Roberta Santana.
Disse naquela oportunidade, o presidente do PT Bahia, Éden Valadares, sobre a preparação da legenda antes do fim da janela partidária: “Essa é talvez a nossa mais importante reunião do ano, em que definimos, em muitas cidades, a partir dos debates e opiniões, muito da nossa tática eleitoral. Foram dias bastante intensos, de muita movimentação política na Bahia inteira, o PT é um partido muito grande, de muita vitalidade, mas também de muito enraizamento”.