Por decisão unânime, os membros da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, decidiram pela pronúncia do Réu – Guilherme Machado da Silva, determinando que o mesmo responda pelo crime de tentativa de homicídio duplamente qualificado perante o Tribunal do Júri,por agressão praticada contra o jovem jequieense Cayan Lima Silva Santana, em julho de 2019, em Salvador. Cayan na época estudante de direito e do Núcleo Preparatório de Oficiais do Exército (NPOR) do Exército Brasileiro.
O pai do jovem, advogado Ari Santana, revelou que em dezembro do ano de 2021, a sua família foi surpreendida com a Decisão proferida pelo Juízo da 1ª Vara do Júri da Comarca de Salvador, que desclassificou a imputação de homicídio tentado praticado pelo Réu – Guilherme Machado da Silva, para a tipificação de Lesão Corporal, “o que ao nosso ver, não se coaduna com os graves fatos que foram amplamente expostos”, comentou…
Enfatizou Ary Santana que, “amparados pela inabalável Fé em Deus e, na Justiça Baiana, aguardamos por duradouros meses o trâmite do Recurso manejado em sede do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, confiantes de que a Justiça seria prontamente reestabelecida.
“Assim, conheço, rejeito as preliminares e nego provimento ao recurso defensivo e, dou provimento ao recurso ministerial, para pronunciar – Guilherme Machado da Silva, pelo crime previsto no artigo 121, § 2º, incisos I e IV, cumulado com o artigo 14, inciso II, do Código Penal Brasileiro”, foi em resumo a decisão da Justiça.
Relembre o caso – Cayan Santana, na época com 19 anos, sofreu traumatismo craniano, por agressão sofrida no bairro de Ondina em Salvador, após assistir com amigos, ao jogo Brasil x Argentina, pela Copa América. O jovem permaneceu internado por cinco dias no Hospital do Exército. Na primeira reunião com o doutor Davi Gallo, na promotoria do Núcleo de Atuação do Júri de Salvador, um dos advogados da família Kaio Abreu, apresentou a tese defensiva de homicídio tentado, “uma vez que Cayan estava no chão, desacordado e sem chance de defesa”.