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Em nota enviada à imprensa na segunda-feira (10), a União Estadual dos e das estudantes (UEEs Bahia) se manifestou sobre a aprovação da Lei 15.100, que proíbe o uso de celulares nas escolas. De acordo com o comunicado, a nova norma “suscita um debate essencial sobre disciplina, aprendizado e o direito dos estudantes ao acesso à informação”.
A UEEs defendeu uma regulamentação do uso do celular “equilibrada” e que permita o uso responsável da tecnologia, “em vez de uma proibição total que desconsidera a realidade dos alunos”.
“Acreditamos que, no ensino médio, o uso de celulares deve ser permitido em sala de aula apenas na presença de professores e quando autorizado para fins pedagógicos. Já nos intervalos e entre os turnos, o uso deve ser facultativo, garantindo a autonomia dos estudantes. No ensino fundamental, apoiamos a aplicação integral da lei, considerando a necessidade de maior controle no uso da tecnologia por crianças mais novas”, diz o comunicado.
A União Estudantil destacou a importância do uso do celular como ferramenta de aprendizado. “Muitos estudantes recorrem a vídeos, artigos e plataformas educacionais para complementar seus estudos, especialmente diante de desafios no ensino tradicional. Restringir esse acesso pode prejudicar seu desenvolvimento acadêmico, limitando oportunidades de aprendizado. A proibição total também ignora a necessidade de comunicação dos estudantes com suas famílias, a organização de suas atividades e o acesso a informações essenciais, como transporte, saúde e segurança. Em um mundo cada vez mais conectado, tratar o celular apenas como fonte de distração desconsidera seu potencial enquanto ferramenta de autonomia e responsabilidade”, completa.
“Enquanto estudantes organizados na UEES, reafirmamos nossa posição contrária à proibição total e exigimos um debate mais amplo e democrático sobre o tema. Acreditamos que a escola deve ser um espaço de aprendizado, autonomia e diálogo, onde as regras sejam construídas com a participação ativa dos estudantes. Nossa voz precisa ser ouvida para garantir políticas que atendam às reais necessidades da comunidade escolar”, pontua.