
Quase 23 anos após assassinato dos pais, Suzane von Richthofen protagoniza mais uma briga judicial. Além de ser condenada a 39 anos de prisão como mandante do crime, cumprindo pena em regime aberto atualmente, ela se tornou alvo também da Receita Federal.
Isso porque entre 2002 e 2004, Suzane recebeu pensão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pela morte dos genitores mesmo com a condenação. O órgão busca o ressarcimento de R$ 52.993,30, valor que foi corrigido para R$ 44.500 em 2013, em decisão da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), após pedido do Ministério Público Federal (MPF).
Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, na época, a condenada alegou não ter recursos para pagamento já que tinha gastado todo o dinheiro. Com isso, o STF determinou buscas patrimoniais nos sistemas Bacenjud, Renajud e Infojud para tentar bloquear contas bancárias, veículos e imóveis de Suzane, e, ainda assim, nada foi encontrado.
Como praticamente último recurso, o nome Suzane foi incluído na Dívida Ativa da União, ou seja, no cadastro de inadimplentes em órgãos como o Serasa. Em fevereiro de 2025, a Justiça manteve as buscas por bens que possam ser bloqueados ao reafirmar a cobrança.
Apesar disso, de acordo com O Globo, o Governo tem tido dificuldades para encontrá-la, mesmo com a obrigatoriedade de fornecer o endereço à Justiça de São Paulo.
A dificuldade para encontrar Suzane e executar a cobrança da dívida não foi empecilho para ela ser beneficiada em um programa do Governo Federal. Isso porque a mesma conseguiu um financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para cursar faculdade numa instituição particular.
O programa, custeado por verbas públicas, oferece financiamento para cursos superiores em universidades privadas a alunos que não têm condições financeiras de pagar pelas mensalidades. Em princípio, débitos com a União, como o de Suzane, poderiam ser um obstáculo para a concessão do benefício.