O senador Angelo Coronel (PSD) disse que foi mal interpretado quando comparou o PT ao nazismo durante uma entrevista à Rádio 95 FM de Jequié, na quarta-feira (23). Nesta quinta (24), perguntado pela editoria do site Política Livre, em Salvador, o senador tergiversou sobre a possibilidade de rompimento com o grupo petista no Estado, em meio aos rumores de que ficaria fora da chapa majoritária em 2026.
“Na verdade é uma má interpretação. Eu me referi que o governador Jerônimo está bem posicionado no Estado, coisa que não está acontecendo com o governo federal. Então tem que distinguir que o PT nacional é uma coisa e o estadual é outro. Mas mantemos a unidade, não tem nenhum racha, a não ser que queiram rachar comigo, mas da minha parte eu estou com minha cabeça tranquila”, disse o senador, enquanto participou da solenidade de posse do presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), desembargador Abelardo Paulo da Matta Neto.
“Mas eu tenho o direito de expressar o meu sentimento. Eu vim da roça e aprendi com meu pai que você nunca deve ficar calado quando quer expor suas opiniões. Pode ser que agrade uns e desagrade outros, mas quem desagradar é o problema deles. Eu trabalho dessa maneira, com a minha consciência”, emendou Coronel.
Mesmo com ambiente de instabilidade na base estadual, o senador disse que não cogita a possibilidade de disputar a reeleição por outra legenda, a exemplo do PP ou do União Brasil, que devem oficializar federação e fortalecer o grupo do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), tendo em vista a eleição para o governo do Estado no próximo ano.
“Eu sou um homem de partido, vou seguir a direção partidária, tanto estadual aqui do meu amigo e irmão, o líder Otto Alencar, bem como do meu líder nacional, Gilberto Kassab. Evidentemente que o PSD quer fazer senador em todos os estados da federação e o partido quer a nossa reeleição. Então, como eu sou homem de partido, a minha candidatura à reeleição está mantida”, cravou Coronel.