Alegando problemas relatados em vezes anteriores, a COOBMA – Cooperativa de Transporte e Turismo Borda da Mata divulga comunicado público, no qual afirma que “devido ao grave desequilíbrio financeiro do contrato e aos desafios enfrentados pelo setor, o serviço de transporte público coletivo em Jequié será suspenso por tempo indeterminado”.
A população usuária do serviço foi pega de surpresa. Acrescenta a nota da única empresa permissionária do serviço público de transporte de passageiros em Jequié, que “é incontestável que o transporte público enfrenta uma crise sem precedentes no cenário nacional e internacional. A falta de previsões legais adequadas e de investimentos essenciais tem comprometido severamente a manutenção e a qualidade dos serviços, tornando insustentável a continuidade das atividades”..
Diz ainda a COOBMA que nesses anos de atividades no setor [no qual saiu de contrato emergencial para vencedora de licitação aberta pela Prefeitura de Jequié], “se empenhou em oferecer um transporte seguro e acessível à população, mesmo diante de dificuldades operacionais e econômicas. No entanto, a atual realidade do setor tornou inviável a continuidade das atividades neste momento […] Essa é uma decisão difícil, tomada após uma profunda análise da situação. Esta medida extrema reflete a realidade enfrentada pelo setor e a necessidade de ações imediatas que garantam condições sustentáveis para a prestação do serviço essencial de transporte público. Seguimos comprometidos com nossa missão e esperamos que, no futuro, o transporte público possa ser retomado em condições sustentáveis”, diz a nota.
Prefeito repudia decisão
A decisão da empresa COOBMA, parece também ter repercutido de forma inesperada na chefia do executivo municipal. Tão logo tomou-se conhecimento da suspensão do serviço de transporte coletivo, a Superintendência Municipal de Trânsito (SUMTRAN), informou que foi, “negativamente surpreendida, na noite de sexta-feira (7), com a decisão da Cooperativa de Transportes e Turismo Borda da Mata (Coobma) de suspender, temporariamente, a prestação dos serviços de transporte coletivo urbano, conforme divulgado em nota pública pela própria cooperativa”.
O prefeito Zé Cocá repudiou a decisão e afirma ter iniciado tratativas para viabilizar uma solução emergencial que garanta o atendimento do serviço de transporte coletivo.
Enquanto isso, a população usuária que já reclamava quase que diariamente da qualidade do serviço executado, atraso nos roteiros, problemas mecânicos e elétricos nos veículos dentre outros, terá que se valer de alternativas em seus deslocamentos. Possivelmente, as vans particulares que foram proibidas de circular no perímetro urbano “por serem considerada irregulares na prestação de serviço”, poderão retornar para conter um cáos mais intenso no transporte público da cidade.