
A Liga de Psiquiatria e Neurociências (Lapen) da UnexMED Jequié, criada pelos alunos da 1ª turma de Medicina, amplia a conscientização sobre o Dia Nacional e Internacional da Síndrome de Down. A primeira liga do curso de Medicina da cidade pretende contribuir para ampliar informações sobre Educação Médica, especialmente na área de Psiquiatria e Neurociências.
O psiquiatra Jefferson Meira é o orientador da Lapen. Formado pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), especialista em Psicogeriatra pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) e pela AMB (Associação Médica Brasileira), Mestre em Neurociências e doutorando pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Dr. Jefferson é professor da UnexMED Jequié e CEO da Clínica Quality. Para ele, “a Psiquiatria é mais do que uma especialidade médica, é um estado de arte. Mais do que transmitir conhecimentos, ser professor e orientador é inspirar as novas gerações com muito amor e sede pelo conhecimento”, declara.
A presidente da LAPEN, a estudante de Medicina Ana Beatriz Rosa, chama atenção para a importância da conscientização sobre a Síndrome de Down: “a SD não é uma doença. A especificidade da pessoa com Síndrome de Down é que ela tem 47 cromossomos em suas células, em vez de 46, o que a torna mais vulnerável a certas doenças, e, por isso, o psiquiatra também deverá ser consultado”, explica a estudante.
Em 1866, o médico pediatra inglês, John Langdon Down, descreveu, pela primeira vez, o conjunto de sinais e sintomas específicos das pessoas com “Down”. Nome dado em sua homenagem, a síndrome associa sinais característicos desses indivíduos a uma condição genética bem específica.
A alteração acontece durante a divisão embrionária, quando surge um cromossomo extra no par 21 das células. Em vez de dois há três. Também conhecida como “Trissomia do Cromossomo 21”, as mudanças provocadas pelo excesso de material genético neste cromossomo determinam as características específicas das pessoas com Síndrome de Down.
Estima-se que no Brasil existam 270 mil pessoas com SD. Uma em cada 700 nascimentos. No mundo, a incidência é de uma para cada mil nascidas vivas. A condição independe de gênero, etnia ou classe social. Apesar do comprometimento cognitivo, as pessoas com Síndrome de Down têm um ritmo de desenvolvimento e personalidade próprios, como todas as outras. Por isso mesmo, precisam estar cada vez mais incluídas no mercado de trabalho. Atualmente, a expectativa média de vida é de 60 anos, mas algumas vivem até 80.