O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ainda não informou quantas pessoas foram lesadas, pelo esquema criminoso que movimentou ao menos R$ 6 bilhões em fraudes contra aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. A Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU) deflagaram operação cumprindo 211 mandados judiciais de busca e apreensão, na investigação de um esquema ilícito praticado em vários estados brasileiros.
Uma auditoria da CGU (Controladoria-Geral da União) encontrou indícios de que servidores estariam recebendo auxílio-saúde do governo federal para pagar despesas médicas de parentes mortos.
A CGU identificou que pelo menos 1.405 servidores federais teriam recebido auxílio-saúde de maneira irregular. A equipe técnica do órgão cruzou dados de dependentes de funcionários que ganham o benefício com informações sobre óbitos e constatou que esses servidores receberam o valor para bancar despesas de parentes já mortos.
De acordo com advogados especialistas em Previdência Social, é possível, ao aposentado ou pensionista checar por si só se houve um desconto indevido na sua conta, bloquear a cobrança e pedir devolução do dinheiro.
Para identificar se foi vítima, basta acessar o aplicativo Meu INSS e baixar o contracheque, onde consta o informe de rendimento mensal. No documento consta todos os descontos e seus valores, a exemplo da aposentadoria, pensão e, se houver, empréstimo consignado. Se ainda tiver desconto para prestar contas com alguma associação que não foi contratada, é possível que seja um golpe.
Pode ser feito o requerimento administrativo de exclusão do desconto, bloquear o benefício para que não sofra nenhum abatimento e para não permitir nenhum tipo de cobrança de associação e, por fim, judicializar o caso e pedir a restituição dos valores. Nas duas primeiras opções é possível excluir ou bloquear o pagamento pelo Meu INSS. Na última opção, é preciso buscar um advogado.
