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Criminosos buscam implantar “domínio de cidade” e situação é analisada com grande preocupação

Facção determinou toque de recolher e comércio fechou em Caraíva Crédito: Reprodução

 

A criminalidade, especialmente o fenômeno conhecido como “domínio de cidades”, tem sido uma preocupação crescente no Brasil, com notícias de cidades sendo controladas por grupos criminosos que bloqueiam vias e intimidam a população para impor sua própria lei. A tipificação do crime de “domínio de cidades” está sendo discutida no Congresso Nacional, com projetos que visam penalizar aqueles que utilizam violência para controlar territórios e dificultar a ação do Estado.

O “domínio de cidades” é uma modalidade de crime caracterizada pelo controle de uma cidade, ou parte dela, por um grupo criminoso, que utiliza violência, intimidação e bloqueios de vias para impor sua autoridade. Essa prática, que evoluiu de roubos violentos contra o patrimônio, envolve a utilização de armas de guerra, explosivos e outros meios para intimidar a população e as forças de segurança, como descreve o site do Brink’s Brasil.

Um dos testemunhos dessa cruel e triste realidade, conviveu neste domingo (11), comemorativo ao Dia das Mães, na comunidade ribeirinha de Caraíva, em Porto Seguro, um paraíso turístico da Bahia. O belo local tem sua economia focada no turismo, com pousadas, restaurantes e barracas que foram literalmente fechadas ao longo por determinação de uma facção criminosa. A ordem foi dada aos comerciantes de ‘forma presencial’ e pelas redes sociais, após uma liderança do grupo criminoso que atua na área ser morta em uma operação policial na noite de sábado (10).

De acordo reportagem do jornal Correio da Bahia, foram postados avisos no local com o toque de recolher e ameaças os comerciantes. “Quero deixar bem claro que é para fechar tudo e quem não colaborar vai estar sofrendo as consequências. Então, por favor, colabora com nós aí. Assinado: família ADM”, escreve um traficante em um post.

A sigla usada na assinatura da mensagem faz referência ao nome da facção: Anjos da Morte (ADM). Na mesma mensagem, os bandidos explicam que o toque de recolher acontece por conta da morte do traficante que era conhecido pelo vulgo de ‘Alongado’. “Comunicado aí, família. Devido ao que ocorreu aí na favela, perdemos um irmão aí, entendeu?”, diz a mensagem enviada a comerciantes.

Procurados pela reportagem, comerciantes confirmaram o toque de recolher e afirmaram que a comunidade está desértica. “Não tem ninguém na rua, não. Os comércios fecharam, perdemos o domingo com medo deles fazerem algo se abríssemos as portas. Pousadas, restaurantes e barracas estão fechados”, conta uma comerciante que prefere não se identificar por medo.

 

Foto: Vasconcelos News (redes sociais)

 

Após um período de 42 dias sem o registro de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), em Jequié, a série foi interrompida neste mês de maio, com o homicídio praticado contra Carlos de Jesus Almeida, de 19 anos, no dia 2, dentro do quarto que estava dormindo  em uma casa no Residencial Mandacaru, em Jequié, alvo de vários disparos de arma de fogo. Na manhã de 6, em via pública, do Residencial Beira Rio, bairro Cidade Nova, Gabriel Ribeiro Santos, 19 anos, que usava tornozeleira eletrônica foi atingido por disparos de arma de fogo e morreu no local. Na noite de 9, na localidade conhecida como “Caranguejo”, bairro Mandacaru, um homem, identificado pelo vulgo “Bruno Doca”, de acordo com a polícia, com antecedentes criminais por tráfico de drogas, foi morto com cerca de 30 disparos de arma de fogo, em frente a um bar, onde estava em companhia de outras pessoas. Na noite de sábado (10), entre boxes do Centro de Abastecimento Vicente Grilo (CEAVIG), Gilberto de Oliveira Santos, 48 anos,  foi atingido com golpe de faca no tórax, desferido por um desafeto não identificado. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chamado ao local, mas o homem já estava sem sinais vitais.

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