
A bancada do PDT na Câmara dos Deputados anunciou nesta terça-feira (6) que não integrará mais a base do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão, unânime entre os parlamentares do partido, marca um movimento de afastamento político após a saída de Carlos Lupi, do Ministério da Previdência.
O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG), disse a jornalistas nesta terça-feira (6) que o presidente Lula “não está dando a reciprocidade e o respeito que o PDT julga merecer”.
Embora evitem o rótulo de oposição, o partido afirmou que adotará uma postura de independência. “Não temos condições de ser oposição, não vamos nos agrupar ao PL. Mas temos pautas identitárias que se alinham com o governo. Deixamos a base e ficamos independentes”, afirmou um deputado à imprensa.
A ruptura reflete o desconforto da legenda com a forma como o Palácio do Planalto conduziu a demissão de Lupi. Internamente, a avaliação é de que houve uma “fritura pública” e um desrespeito à trajetória do presidente licenciado da sigla. A escolha de Wolney Queiroz, nomeado por Lula para comandar a Previdência, também não agradou à bancada, que não se sente representada por ele.
A bancada do PDT no Senado diverge da bancada do partido na Câmara dos Deputados e anunciou também nesta terça-feira (6) que vai se manter na base do governo Lula (PT. A decisão foi tomada de forma unânime pelos três senadores do partido: Weverton Rocha (MA), líder do grupo, Ana Paula Lobato (MA) e Leila Barros (DF). A bancada disse ter considerado a afinidade com o governo no Senado e em termos de projeto para o país.