“O desafio do momento é garantir a celeridade e operação da Fiol e Porto Sul”, avalia economista
Na análise feita pelo jornalista, economista e escritor Armando Avenida, publicada em sua coluna no jornal A Tarde. “Se Bahia quiser pegar o trem do futuro, além das ferrovias terá de enfrentar o desafio dos portos e das rodovias. No caso dos portos, é preciso investimentos de modo a dotá-los de condições para receber os gigantes dos mares, navios que transportam de 12,5 mil TEUs até mastodontes que carregam 24 mil TEUs. Para isso, é preciso de no mínimo 16 m de calado. No âmbito privado houve avanços e investimentos e a Tecon/Salvador, por exemplo, já tem esse calado e pode receber tais navios, mas é preciso incluir o Porto de Aratu e todo o complexo portuário da Bahia de Todos os Santos”.
Para Avena, o futuro da Bahia e de sua economia está sendo montado agora e as lideranças políticas e empresariais e o poder público precisam se unir para enfrentar os desafios que estão postos e que, se não forem vencidos, podem fazer com que o estado perca o trem e fique a ver navios.
Segundo ele, o desafio no momento, é garantir a celeridade da construção e operação dos dois equipamentos de infraestrutura para montar o corredor ferroviário Oeste-Leste, já que a demora pode dar azo a implementação de outras rotas ferroviárias que a lijem os portos da Bahia.
“O primeiro desses desafios é a concretização do primeiro trecho da Ferrovia Oeste-Leste e do Porto Sul. É um desafio porque ambos os projetos estão paralisados e a Bamin, cuja subsidiária Bahia Ferrovias tem a concessão para construção e operação da Fiol 1 e do Porto Sul, atravessa um período de reestruturação, registrando prejuízo de R$ 30 milhões em 2023 e um alto grau de endividamento, que pode resultar na entrada de um novo sócio no projeto”, acrescenta o economista.