Publicidade

Publicidade

Associação Baiana de Fazendeiros em nota à imprensa denuncia violência no campo

Violência e criminalidade impactam em insegurança e prejuízo para o homem do campo

 

O presidente da Associação Baiana de Fazendeiros-ABF, José Lamartine de Andrade Lima Neto, endereçou nota à imprensa, na qual faz referências aos casos de violência no campo que estão se intensificando. Segundo a nota, de 21 de outubro para cá, somente aquelas ocorrências de porte, que foram documentadas, são: Roubo de Transformador na fazenda de Mauro; Latrocínio (roubo seguido de assassinato) do Vaqueiro Francisco Borges (48 anos), de Jaguaquara (na mesma semana, ocorreram mais duas tentativas de roubo à propriedades rurais) e, no último sábado (30), o crime de latrocínio, tendo como vítima, o agricultor  Roque Borges, 69 anos, no Sitio Laranjeira, região do Limoeiro, zona rural de Jequié.

“Nós, da Diretoria Executiva da ABF – Associação Baiana de Fazendeiros, representando quase 200 associados com propriedades espalhadas em um raio de 100 Km de Jaguaquara, alertamos para os efeitos da violência rural e solicitamos providências das autoridades”, diz a nota.

Os principais efeitos citados são: Prejuízos Econômicos Diretos. Estes são representados por roubos de equipamentos e insumos como tratores, máquinas agrícolas, fertilizantes e defensivos, que são alvos frequentes, causando prejuízos financeiros significativos. Além destes, temos os furtos de animais, prática comum, que compromete a produção pecuária e gera perdas irreparáveis para pequenos e médios criadores. Por fim, a destruição de plantações, quando ocorrem invasões e vandalismo em propriedades agrícolas, resultando na perda, muitas vezes, de safras inteiras;  Redução da Produtividade. O medo e desmotivação vivido por agricultores podem reduzir suas atividades ou evitar que invistam em melhorias por receio de perdas futuras. Aliado a isso, existem os problemas de falta de mão de obra, devido ao êxodo de trabalhadores rurais, diminuindo a força de trabalho disponível. Convém destacar as interrupções no processo produtivo, sempre que ocorrem conflitos ou ameaças;

Elevação de Custos Operacionais, através do investimento em segurança nas propriedades com a instalação de sistemas de monitoramento, cercas, alarmes e contratação de vigilância privada, aumentando os custos de produção; 4. Impactos na Economia Local, com redução da circulação de dinheiro devido à queda na produção agrícola, afetando os mercados locais, diminuindo a oferta de produtos, a circulação de dinheiro e a renda das comunidades. Risco de desabastecimento, já que a insegurança pode comprometer a logística de transporte, dificultando o escoamento da produção para cidades e mercados regionais.Outra consequência econômica é a fuga de investidores que buscam regiões mais seguras para seus investimentos, comprometendo o desenvolvimento econômico local. O resultado desta equação é o empobrecimento de pequenos agricultores, os mais vulneráveis são os que mais sofrem, uma vez que não possuem recursos para arcar com perdas ou investir em segurança, muitas vezes levam no à venda de propriedades por preços baixos, favorecendo a concentração de terras em mãos de grandes proprietários; 5. Impactos Psicológicos e Comunitários com a insegurança, gerando estresse e ansiedade nas comunidades rurais, prejudicando a qualidade de vida e facilitando o êxodo rural.

Muitos abandonam a vida no campo em busca de segurança nas cidades, agravando o despovoamento de áreas rurais e o inchaço urbano, com uma massa cada vez maior de pessoas à margem da economia dos grandes centros, visto que, pouco capacitadas para o trabalho urbano, terminam na informalidade ou marginalidade. Perda de Competitividade no Mercado: Os produtos ficam mais caros devido aos custos elevados de produção, encarecendo produtos agrícolas, reduzindo competitividade frente a produtos de outras regiões. Além disso, gera a queda na qualidade, considerando que a insegurança pode comprometer os cuidados e a tecnologia aplicados na produção, reduzindo a qualidade dos alimentos”.

Deixe um comentário