
Ameaçado de afastamento do cargo por ações em três frentes (Comissão de Ética do Futebol Brasileiro, Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e Supremo Tribunal Federal), o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, se movimenta politicamente para conter a crise.
Na manhã de terça-feira (13), o dirigente se reuniu no Rio de Janeiro, com presidentes de federações, em reunião convocada no fim da semana passada e por telefone, contrariando o costume da CBF de formalização por e-mail com maior antecedência. Dos 27 presidentes de federações, apenas Rubens Lopes, da federação do Rio de Janeiro, não compareceu. Depois de se reunir com as federações, Rodrigues viajou à noite para Assunção.
Na capital paraguaia, Ednaldo Rodrigues participa do congresso anual da Fifa. A ideia do dirigente é explicar toda a situação política e judicial para o presidente da Fifa, Gianni Infantino, em busca de novo apoio. Ednaldo espera também respaldo da Conmebol.
No encontro com dirigentes das federações, o corpo jurídico da CBF fez breve apresentação do cenário, que envolve a contestação da assinatura do Coronel Nunes, ex-presidente da entidade, em acordo do início deste ano que encerrou ação que questionava a validade do estatuto e de eleições anteriores da CBF. Na prática, o documento permitiu o pleito que há pouco mais de um mês manteve Ednaldo Rodrigues na presidência.