Com o objetivo de dar suporte técnico ao cacauicultor para elevar a produção dessa secular atividade que é o cultivo do cacaueiro, a partir das novas tecnologias de manejo e inovação, o Sebrae em parceria com a FAEB (Federação da Agricultura do Estado da Bahia), está dando início ao Projeto Desenvolvimento da Cacauicultura do Sudoeste da Bahia, com coordenação do gestor técnico da unidade do Sebrae em Jequié, Cláudio Machado.
O projeto envolve a criação de núcleos em outros municípios da região, onde serão repassados treinamentos sobre Métodos e Técnicas de Propagação; Controle de Plantas Daninhas; Irrigação e Fertirrigação; Pragas; Doenças; Rotinas nas Áreas de Cultivo; Colheita e Beneficiamento; e Saúde, Alimentos e Agroindústria do Cacau. Atuarão como parceiros em potencial do projeto, além dos produtores, a Ceplcan, Prefeituras, Sindicatos de produtores e de trabalhadores. O foco, de acordo o coordenador, é debater as principais demandas e gargalos de uma propriedade cacaueira, independente de qual região ou agroecossistema esteja localizada.
O Brasil já foi o segundo maior produtor de cacau do mundo. Hoje, depois de enfrentar desafios, como pragas e quedas de preço, vive uma fase de recuperação e novas perspectivas. Atualmente, o país ocupa a 7ª posição no mercado mundial, com produção aproximada de 230 mil toneladas/ano, puxada, principalmente, pelos estados da Bahia e do Pará.
De acordo com os especialistas, a melhor estratégia para aumentar a produção de cacau no país é o uso de tecnologia, gerada a partir da realização de pesquisas e assistência técnica focadas em conservação ambiental e produtividade. Para atender o crescente interesse do mercado consumidor por cacau de qualidade, três pontos merecem atenção: o plantio de material genético produtivo e resistente a doenças, aliado ao adequado manejo geral do cultivo e o correto beneficiamento de amêndoas.