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68% dos brasileiros sentem-se ansiosos e menos da metade busca ajuda, aponta estudo

Wilson Novaes
Psicóloga Lana Karina, entrevistada na Rádio Povo FM

 

Apesar de 68% dos brasileiros relatarem sentimento de nervosismo, ansiedade e tensão, mais da metade da população nunca procurou um profissional da saúde para lidar com questões relacionadas a transtornos de ansiedade. O programa ‘Primeira Página’, da Rádio Povo Fm – 96,3, entrevistou a psicóloga Lana Karina, da Clíníca Integrare na manhã desta quarta-feira (23), que fez uma avaliação do tema saúde mental e seus várias implicações e prevenções.

Resultados do estudo Calendário da Saúde, pesquisa que monitorará, no decorrer dos próximos meses, a opinião pública dos brasileiros sobre questões de saúde atreladas ao calendário oficial de ações do Ministério da Saúde reforçam a necessidade de intensificar as ações de prevenção e tratamento dos transtornos mentais. É preciso investir em políticas públicas que garantam o acesso a serviços de saúde mental de qualidade, além de combater a estigmatização e incentivar a busca por ajuda profissional.

O estudo revelou que 45% dos entrevistados mencionaram sofrer de ansiedade, com uma maior prevalência entre mulheres (55%) e jovens de 18 a 24 anos (65%). Já os que afirmam ter depressão entre os entrevistados somam 19%, sendo novamente a porcentagem de mulheres (24%) maior que a dos homens (13%). O “Setembro Amarelo” é, atualmente, a terceira campanha de saúde mais conhecida pela população brasileira (73%), mostrando que as iniciativas promovidas desde 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) já são bem assimiladas pela população.

Os resultados da pesquisa indicam que os transtornos mentais mais comuns entre os pacientes atendidos pelos psiquiatras são ansiedade (100%), depressão (100%), transtorno bipolar (70%), TDAH (63%), TOC (30%), esquizofrenia (23%) e TEPT (23%). Além disso, 93% dos psiquiatras entrevistados afirmaram que esses transtornos impactam fortemente a qualidade de vida dos pacientes, pontuando entre 8 e 10 em uma escala de impacto de 1 a 10.

Entre os desafios mais citados pelos psiquiatras estão a falta de adesão dos pacientes aos planos de tratamento, o preconceito e a desinformação sobre saúde mental, a gestão de casos complexos, a sobrecarga de trabalho e o esgotamento profissional, além de questões legais e éticas na prática psiquiátrica.

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